
Assim como na noite desta terça, o G1 tentou novamente contato na manhã desta quarta com o delegado geral da Polícia Civil potiguar, Adson Kepler, mas as ligações telefônicas não foram atendidas nem retornadas. Já o próprio delegado Laerte Brasil, prefere não se pronunciar sobre a situação. "A decisão de remover o delegado Laerte Brasil da Delegacia de Homicídios revolta os delegados. Se a transferência for concretizada, eu peço para sair", afirma o delegado Raimundo Rolim, que também é contra a mudança.
A nota assinada pelos agentes e escrivães da Dehom explica que o delegado Laerte Brasil foi o principal idealizador dos projetos de implantação de uma Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) no Rio Grande do Norte, além de ter lutado para que a Delegacia de Homicídios realizasse as investigações de crimes contra a vida desde o local do crime até a conclusão do inquérito policial.
"Ao longo de 10 anos o delegado vem lutando pela criação desta divisão e agora surpreendentemente lhe foi oferecido um 'prêmio' para ir para a Força Nacional em troca da renúncia de seu projeto, que ele mesmo denomina de 'sonho', um ideal perfeitamente possível e exaustivamente pesquisado, elaborado e adaptado às exigências da Cúpula de Segurança do Estado, mas que por motivos não alcançados pelo efetivo que compõe esta delegacia, jamais saíram do papel, em uma evidente omissão às mais de mil mortes já alcançadas apenas no ano de 2014" (SIC), diz a nota.
Os agentes e escrivães encerram a mensagem informando que colocarão seus cargos à disposição da Diretoria de Polícia da Grande Natal (DPGran). Os servidores acrescentam que estão prontos para servir em qualquer outra unidade policial.
Fonte: G1-RN
